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PERIGOS DE UM MUNDO HIPER CONECTADO


A Reitora do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília – UnB, Jane Farias Chagas, Autora do livro “Cybercultura e Virtualidade: Desafios para o Desenvolvimento Humano”, explica que os maiores riscos do mundo virtual têm a ver com a quantidade e qualidade de tempo despendidos em imersão contínua em ambientes mediados por tecnologias digitais. “Há um aumento na dependência de consumo de informações (seja pela exposição pessoal, medo de ficar desatualizado ou perder algum evento importante) que pode levar a um estado permanente de ansiedade, expectativa e estresse. Essa nova modalidade de vício pode prejudicar as relações de trabalho, de estudo e as interações interpessoais, e favorecer o desenvolvimento de patologias e disfunções”, disse.
Segundo Jane, entre os benefícios do mundo virtual pode- -se destacar: o acesso a informações, a diminuição de barreiras culturais e territoriais, o desenvolvimento de novas habilidades e competências cognitivas, socioafetivas e tecnológicas, o avanço em trabalho, pesquisas e projetos colaborativos, a interatividade, o e-commerce, a economia de tempo, a possibilidade de fortalecimento de redes de apoio social. “A virtualidade atualiza a realidade, como afirma Pierre Lévy. Nesse sentido, precisaremos reinventar nossa maneira de ser, estar e agir no mundo, o que sempre foi o desafio de cada geração. Temos recursos mais sofisticados, que exigem o desenvolvimento de outras habilidades para aprender, para relacionar-se, para produzir, para ser feliz, para criar, para elaborar a realidade”, disse.
Mas, como nem tudo são flores, os benefícios de uso das tecnologias de informação e comunicação, especialmente da internet vêm acompanhados de prejuízos para a saúde física, psíquica, para a cognição, para as questões de relacionamento familiar e de segurança do usuário, principalmente em se tratando de crianças e adolescentes. Nesse caso, o monitoramento de um adulto é muito importante para evitar riscos e prejuízos.
“O acesso facilitado a conteúdos inapropriados à idade, violentos, abusivos e antissociais, se constituem em um risco que deve ser monitorado por adultos. Não somente o conteúdo deve ser inspecionado, mas também a quantidade de tempo que a criança e o adolescente ficam expostos e em interação com esses artefatos. É importante que a família se organize no sentido de ter uma agenda de diálogo sobre o uso das tecnologias, como também oportunizem atividades que privilegiem o lazer, a interação em vários contextos sociais: clube, parques, museus, cinemas, igreja e etc. sem mediação tecnológica. Infelizmente é muito comum hoje vermos pais, filhos e casais completamente imersos em seus smartphones sentados às mesas das lanchonetes, comendo sem trocarem uma só palavra e/ou de vez em quando rindo em torno de alguma mensagem recebida. Isso é muito perigoso”,